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    Uma mulher e um homem colhendo pimentões na estufa
    • Blog
      Consumidor, varejo e alimentação

    Como manter a segurança e a proteção dos alimentos nas cadeias de suprimentos

    As organizações que se concentram no desenvolvimento da resiliência podem neutralizar com sucesso os riscos da segurança e da proteção dos alimentos.

    De acordo com o Banco Mundial, o sistema alimentar é responsável por 10% do produto interno bruto (PIB) mundial, mas é uma rede complexa que enfrenta inúmeros desafios de segurança e proteção.

    Desde condições climáticas extremas que afetam o rendimento das colheitas até a escassez crítica de energia, as organizações do setor de alimentos são vulneráveis.

    Como os consumidores continuam a exigir maior transparência sobre seus alimentos, o que o setor pode fazer para criar um impacto positivo? Aqui, analisamos os principais riscos em jogo no sistema alimentar moderno e exploramos como as organizações podem abordá-los.

    O risco de fraude alimentar

    A fraude no setor de alimentos tem o potencial de causar riscos à saúde dos consumidores, bem como perdas financeiras em toda a cadeia de suprimento de alimentos.

    Qualquer produto que seja deliberadamente alterado, deturpado, rotulado incorretamente ou adulterado é considerado fraude alimentar. Isso pode ocorrer na matéria-prima, em um ingrediente, no produto final ou na embalagem do alimento.

    Recentemente, houve um aumento acentuado nos incidentes de fraude alimentar, como a descoberta de café falsificado na região Transcarpática da Ucrânia, e relatos de ataques ao setor de álcool, com ingredientes como metanol, álcool isopropílico e álcool industrial sendo substituídos por álcool de grau alimentício.

    As consequências da fraude alimentar em uma empresa podem ser prejudiciais tanto a curto quanto a longo prazo. Os incidentes de roubo ou crime cibernético podem gerar custos financeiros, multas, danos à reputação e perda da confiança do consumidor.

    Os riscos a seguir também podem representar um desafio.

    • Roubo e segurança física

    O roubo é um dos maiores riscos para a cadeia global de suprimento de alimentos. Os roubos de alimentos e bebidas aumentaram significativamente entre 2021 e 2022. Quase um em cada cinco (18%) de todos os roubos globais de carga eram itens alimentícios. É provável que isso seja influenciado por eventos climáticos extremos e pelo aumento dos custos de energia, que provocam escassez global de produtos e picos nos preços de determinadas mercadorias.

    • Segurança cibernética

    À medida que a produção agrícola e pecuária se torna cada vez mais digitalizada, as organizações precisam ter certeza de que são resistentes a ataques cibernéticos. As organizações que conseguem se adaptar rapidamente à digitalização têm a oportunidade de evitar interrupções ou perdas financeiras.

    Nos últimos anos, esses tipos de desafios cibernéticos aumentaram. Em 2022, criminosos cibernéticos baseados na Rússia invadiram uma empresa multinacional de produção de carne, o que interrompeu a produção da empresa na Austrália e em alguns estados dos EUA.

    Ao lidar com esses ataques on-line, organizações como o FBI, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alertaram as organizações para que introduzam uma segurança mais vigilante na cadeia de suprimentos on-line, pois os criminosos cibernéticos estão cada vez mais visando as remessas de alimentos e bebidas.

    Redução dos riscos de fraude alimentar

    As organizações que se concentram na criação de cadeias de suprimentos resilientes e confiáveis têm a oportunidade de neutralizar esses riscos com sucesso.

    As abordagens proativas incluem:

    • Configuração da inteligência de risco da cadeia de suprimentos. Esse recurso analisa dados históricos para identificar tendências. Usando alertas em tempo real, as empresas de alimentos podem ser proativas em vez de reativas.
    • Introdução de uma ferramenta de gestão de riscos de fornecedores. Isso pode ajudar as empresas a ter mais transparência e compreensão sobre seus fornecedores. Isso inclui a criação de medidas rigorosas para auditar fornecedores e rastrear produtos em toda a cadeia de suprimentos.
    • Investir em testes e detecção avançados. Ao testar adulterantes e contaminantes comuns, além de usar tecnologias como blockchain e análise de DNA, é mais fácil verificar os produtos e saber se eles podem ter sido adulterados.

    Atualmente, os consumidores estão mais atentos, conscientes e exigentes do que nunca e querem ver uma rotulagem clara e a autenticidade do produto.

    As organizações que colocam em prática as ferramentas certas para fazer isso e protegem a segurança da cadeia de suprimentos para reduzir os riscos podem ser mais resilientes e eficazes no setor.