Em nossa quarta parte, intitulada Treinamento CTPAT, concentramo-nos nos requisitos obrigatórios de treinamento de segurança da Parceria Aduaneira e Comercial contra o Terrorismo (CTPAT) para os colaboradores, incluindo conscientização sobre segurança, instruções sobre a adesão às diretrizes de segurança da CTPAT e familiarização com as políticas e os procedimentos de segurança da organização.
Ao continuarmos com a quinta parte de nossa série, destacaremos a manutenção do compliance com as diretrizes do programa e abordaremos dicas e truques para o processo de revalidação, incluindo:
- Revalidação virtual e presencial.
- Como se preparar para uma revalidação.
- O que esperar durante uma revalidação.
- Que tipos de práticas as empresas devem adotar para obter o status de nível III.
À medida que a globalização continua aumentando, a segurança da cadeia de suprimentos se tornou uma questão crítica para as empresas do mundo todo. O CTPAT é um programa voluntário criado pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) para melhorar a segurança das cadeias de suprimentos das organizações participantes. O programa CTPAT oferece benefícios como o processamento acelerado de cargas, inspeções reduzidas e relacionamentos aprimorados com o CBP. No entanto, para manter esses benefícios, as empresas devem aderir às diretrizes do programa e passar por um processo de revalidação a cada poucos anos.
Revalidação
O processo de revalidação do CTPAT ocorre normalmente a cada quatro anos e envolve uma revisão para determinar se as práticas de segurança da cadeia de suprimentos de uma empresa atendem às diretrizes do programa. O processo de revalidação inclui:
- Um aplicativo.
- Uma análise do perfil de segurança.
- Visitas a locais nacionais e internacionais.
As visitas ao local podem ser realizadas virtualmente ou pessoalmente, dependendo da localização, do tamanho e de outros fatores da empresa. O BSI tem observado um aumento nas visitas de validação virtual para sites internacionais, especialmente para empresas que possuem certificação de nível III no programa CTPAT. As empresas devem demonstrar que estão aderindo às diretrizes do programa, incluindo a manutenção de práticas de segurança eficazes, a manutenção de documentação precisa e completa e o monitoramento e a comunicação de quaisquer incidentes relacionados à segurança.
O não compliance pode resultar na perda dos benefícios do programa, incluindo o processamento acelerado da carga e a redução das inspeções, o que pode levar a atrasos e aumento de custos.
Preparação
Para se preparar para a revalidação, as empresas devem:
- Descubrir se houve alguma mudança ou atualização nas diretrizes do programa.
- Realizar uma revisão abrangente das práticas e da documentação de segurança da cadeia de suprimentos para garantir que estejam alinhadas com essas diretrizes.
- Identificar as possíveis lacunas e tomar medidas imediatas para resolvê-las.
- Trabalhar com o local ou locais selecionados para avaliação para garantir que eles estejam preparados.
- Por fim, comunicar-se com os parceiros da cadeia de suprimentos para garantir um entendimento claro dos requisitos do programa e verificar seu compliance.
Revalidação virtual
Durante uma revalidação virtual, as empresas devem estar preparadas para demonstrar a adesão às diretrizes do programa por meio de documentação e entrevistas e ter toda a documentação relevante prontamente disponível e acessível durante a visita virtual ao local. O BSI constatou que há uma maior ênfase na documentação relacionada à segurança, como registros de visitantes e motoristas, registros de inspeção de reboques e contêineres e registros de lacres, durante as validações virtuais.
Além disso, as empresas devem garantir que o pessoal adequado esteja disponível para entrevistas e possa responder a perguntas relacionadas às suas práticas de segurança da cadeia de suprimentos.
Nível III
Para obter o status de nível III, o nível mais alto de participação no CTPAT, as empresas devem ter práticas robustas de segurança da cadeia de suprimentos. Essas práticas devem incluir avaliações de risco de segurança, treinamento de segurança e protocolos de segurança para fornecedores e parceiros. As empresas também devem monitorar e relatar todos os incidentes relacionados à segurança e ter procedimentos em vigor para resolvê-los prontamente. O BSI incentiva os membros da CTPAT a destacar as melhores práticas, incluindo o uso de software para automatizar o processo de avaliação, para o CBP durante sua revalidação. O uso do software SCREEN do BSI foi citado como uma melhor prática durante as validações e revalidações do CTPAT.
Manter o compliance com as diretrizes do programa CTPAT é fundamental para manter os benefícios do programa.
Na sexta parte, a última parcela de nossa série CTPAT, os especialistas em segurança e resiliência do BSI se concentrarão nas melhores práticas e abordarão algumas das principais estratégias que os participantes bem-sucedidos do CTPAT usaram para aprimorar a segurança de sua cadeia de suprimentos e simplificar as operações, além de fornecer recomendações para as organizações sobre como implementar essas melhores práticas.
Leia também nossa série Relatório de insights sobre riscos na cadeia de suprimentos quando Tony Pelli pondera sobre os benefícios da diversificação de fornecedores para reduzir os riscos em sua cadeia de suprimentos. Fique por dentro de toda a série com a primeira parte: O que é CTPAT e quais são seus benefícios.
Para obter mais insights do BSI sobre outros tópicos de EHS e digital trust, visite nosso espaço dos especialistas. Para obter atualizações em tempo real sobre os principais problemas da cadeia de suprimentos, registre-se na ferramenta Connect SCREEN do BSI; essa plataforma fornece análises diárias sobre as tendências mais recentes e relevantes da cadeia de suprimentos global.
